Aventura na Serra do Papagaio

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Muito pó nas estradas com íngremes subidas que dão acesso ao Parque Estadual da Serra do Papagaio. Serra que encanta a todos por suas exuberantes belezas naturais, com suas mais de sessenta cachoeiras, picos, montanhas, vales, bosques e um visual magnífico, isso tudo tendo como guardião o Pico do Papagaio com seus 2100 metros de altitude. Pico que contempla a cidade de Aiuruoca que fica em seus pés.


São cachoeiras que deslumbram todos visitantes, picos e montanhas que emolduram toda região, chegando aos 2350 metros de altitude, área com riquíssima natureza onde se encontram espécies da Mata Atlântica e dos Campos de Altitudes sendo cortado por inúmeros cursos d´águas que formam paisagens mágicas. Isto é apenas um pouquinho que eu encontrei naquele local, escolhido para minha aventura de julho de 2011.

A aventura começou no dia 11 às 7 horas da manhã pegando o ônibus com destino a cidade de Aiuruoca, a mesma localiza-se no Sul de Minas Gerais aproximadamente 170km de Juiz de Fora (cidade na qual resido). Às 10 horas e 5 minutos descia do ônibus em uma bifurcação na estrada há 3km de Aiuruoca, ali então começava minha jornada, na qual tinha o objetivo de fazer a travessia da Serra do Papagaio (Aiuruoca x Baependi), travessia de 62km com uma mochila de 20 kg e infelizmente sem companhia.

Após percorrer cerca de 9 km em estradas de terra batida com íngremes subidas, foi quando passou um camarada (junior) com sua namorada, na qual não me lembro o nome, e me ofereceram carona até a famosa Cachoeira dos Garcias com seus 30 metros de queda e águas verde cristalinas, e ai estava a primeira amizade dessa aventura.

Chegamos na tal cachoeira por volta dás 11 horas e 20 minutos, deste ponto em diante já estávamos dentro da reserva do Parque Estadual da Serra do Papagaio. Curtimos e lanchamos, conversamos e nos banhamos na bela piscina natural formada logo abaixo de sua queda quando o relógio já marca 12 horas e 45 minutos, nos despedimos e cada um seguiu seu rumo, mas combinamos de nos encontrar por este mundo a fora.

Continuando minha longa caminhada com constantes paradas para deslumbre de belas paisagens e hidratação, decido fazer meu lanche, neste momento já era 14 horas e alguns minutos, fiz o lanche bem rápido, pois tinha que caminhar mais 14km para chegar ao Retiro dos Pedros com seus 2280 metros de altitude, mas não foi possível chegar ao mesmo naquele dia. Ás 16:25, quando já havia percorrido mais alguns quilômetros e acabava de subir um morro muito íngreme com trilha bastante irregular, foi que tomei consciência do&nbsp, horário, então não seria possível&nbsp, chegar no 1° objetivo (Acampar no Retiro dos Pedros) naquela dia. Então me recordei que havia passado por um ótimo lugar para camping há uns 200 metros antes do início da grande subida.

As 17:30 o acampamento já estava montado e já terminará o jantar com a visão de um lindo e maravilhoso por do Sol, mas começava a esfriar naquele momento que de acordo com meu sensor climático a temperatura despencou dos 22°C a tarde para 8°, mas nada comparado aos -2°C da madrugada.

Às 19 horas , já havia arrumado minha mochila para o dia seguinte e estava no meu “sétimo” sono. No dia anterior tinha programado para acordar às 4 horas da madrugada, desmontei o acampamento e preparei o café da manhã, 15 minutos depois já havia começado o trekking do dia, rumo ao Retiro dos Pedros e Pico do Papagaio. As 7 horas e 30 minutos fiz uma parada rápida no Retiro dos Pedros e continuei em direção ao Pico do Papagaio chegando no tão famoso pico as 9 horas, aproveitei para dar uma reforçada no estomago e tirar alguns minutinhos de descanso. Então voltei a fazer todo o caminho de volta até aonde acampei para pegar a bifurcação na direção de Baependi,&nbsp, chegando na bifurcação as 11 horas e 18 minutos.

Alguns quilômetros em direção ao fim da travessia (Baependi) passou um rapaz (Carlos) de moto e parou para conversar, no início fiquei receoso mas era uma boa pessoa e aproveitei para pegar uma carona até mais a frente, antes ele me levou em uma antiga base do IEF e mostrou um mirante com 360° de vista em que era possível avistar Aiuruoca e Bependi, uma de cada lado. Logo depois peguei o final da trilha que estava dentro da reserva do Parque de 1,5km então sai da área do Parque Estadual.

Parei na estrada de terra bem em frente a saída e consegui uma carona para Aiuruoca chegando na mesma as 2 horas e alguns minutos da tarde, assim conseguindo comprar a passagem de volta para minha cidade com embarque no ônibus previsto para às 16 horas. Assim terminando minha aventura, graças as caronas consegui termina-la em 2 dias, mas para quem for faze-la totalmente a pé incluindo as estradas de acesso ao parque gastaria no mínimo uns 3 dias.

Na região é possível praticar diversos esportes de aventura: tais como Trekking, Rapel, Cascading, Mountain Bike, Pêndulo, Escalada, Cavalgada e Off Road.

Sobre o Autor: Conrado Campagnacci, Juiz de Fora – MG, 19 anos – Aventureiro, mochileiro, vegetariano, naturalista, cicloativista e pai. Site Pessoal: www.casadoaventureiro.com.br

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